
FORMAÇÃO CORPOCRIA
A partir da experimentações em performance na paisagem natural do município de Vargem Alta, localizado no interior do Espírito Santo, os artistas Geovanni Lima e Natalie Mirêdia desenvolveram práticas pedagógicas que tivessem o corpo e o entorno como dispositivos de criação a partir da cultura digital. Quando falamos de arte, meio ambiente e pandemia, pensamos: Como traduzir uma experiência sensorial do corpo em meio a natureza através de uma formação cultural com jovens que vivem na capital de Vitória, Espírito Santo, a fim de criar um intercâmbio de práticas artísticas?
A prática pedagógica sempre fez parte da atuação profissional dos artistas, e por isso, para a Formação Corpocria, a videomaker Ariane Piñeiro foi convidada para se juntar ao projeto, trazendo um olhar técnico e audiovisual para as produções dos jovens participantes, tendo em vista a necessidade deste público em dialogar e se atualizar sobre o uso da tecnologia no momento pandêmico.
A experimentação durante a residência artística em Vargem Alta contou com uma equipe de produção audiovisual, e por isso os artistas acharam interessante convidar uma profissional que pudesse formar parte da prática pedagógica realizada na Casa da Juventude, na comunidade de São Pedro, em Vitória, para compor esta proposta e dialogar com o projeto como um todo.
Participantes
Ada Koffi
Adrielly Mendes Barreto
Alef Alexandre da Costa Campos
Gabriel Ribeiro de Almeida
Gabriel Silva de Andrade
Gabriel Soares da Silva
Glauber Santos Anjos
Igor Borges de Moraes
Juéliton Evaristo dos Santos
Mailson O. Carvalho
Roberty Ribeiro de Almeida
Saulo K. Miranda Lopes
Yago Batista de Brito
Ygor Batista de Brito
Ygor Queiroz da Silva
MOSTRA CORPOCRIA EM CULTURA DIGITAL
GIFS produzidos pelos participantes da formação cultural na Casa da Juventude. Esta galeria é vertical, por isso, para assistir aos GIFs basta rolar a barra para baixo. Ao final, há um texto sobre a metodologia desenvolvida para a formação corpocria em cultura digital.


















PRÁTICA ARTÍSTICO-PEDAGÓGICA
A Formação Corpocria se desenvolveu da seguinte maneira:
O eixo 1 teve por objetivo proporcionar aos participantes um exercício do olhar sobre seu o entorno e o uso do corpo no dia a dia. A partir de seus cotidianos e pensando os princípios da corporalidade, da performance e da memória, os/as jovens puderam observar e analisar seu contexto social, problematizando a presença de seus corpos neste arranjo coletivo. Os/as participantes ativaram seus corpos a partir de seu próprio repertório, executando práticas e movimentos corporais orientados pelo artista educador Geovanni Lima, além de produzirem registros em vídeo de seus cotidianos.
O eixo 2 teve por objetivo a introdução dos participantes à arte da animação, ou seja, dar corpo e movimento, através do digital, às ideias e desejos visuais de cada um. Os jovens aprenderam como funciona a técnica de animação em Stop-Motion (animação com objetos) e o Pixilation (animação com pessoas), ambas feitas com fotografia. Após a parte introdutória, os alunos soltaram a imaginação, e trabalharam em grupo para criarem suas próprias cenas animadas através de aplicativo de celular disponibilizado pela videomaker Ariane Piñeiro.
Este eixo da formação priorizou a utilização de ferramentas simples (celular com aplicativo e tripé) a fim de tornar a animação mais acessível, para que os participantes pudessem continuar a prática de animação como um 'hobbie', e/ou até mesmo utilizar esse meio para criar conteúdos autorais a fim de se comunicarem, expressarem e distribuírem nas redes. Importante ressaltar que os jovens receberam uma bolsa-auxílio durante a formação.